Curiosos?!
A mais recente novidade na área da Astronomia foi anunciada por uma equipa de astronómos do projeto "Transatlantic Exoplanet Survey" (TrES), financiado pela NASA: a descoberta do maior planeta extrassolar já conhecido. Localizado na constelação de Hércules, a cerca de 1.400 anos-luz da Terra, ele ganhou o nome de TrES-4 e chama a atenção sob todos os aspetos: é 70 vezes maior que Júpiter, dista 7 milhões de quilômetros da sua estrela (para se ter uma ideia, a distância entre a Terra e o Sol é de cerca de 150 milhões de quilômetros) e tem uma temperatura média de 1.300º C.
Tais características intrigam os cientistas. "(O TrES-4) é maior, em relação à sua massa, do que é possível explicar atualmente pelos modelos existentes sobre planetas gigantes superaquecidos", avalia Edward Dunham, cientista de instrumentos do Observatório Lowell, no Arizona.
Poucas semanas antes, outra novidade de impacto no meio astronómico foi divulgada: a descoberta do primeiro sinal da existência de água fora do Sistema Solar, graças a imagens do Telescópio Espacial Spitzer, da NASA. Localizado na constelação de Vulpecula (a quase 64 anos-luz da Terra) pela astrofísica Giovanna Tinetti e colegas da Agência Espacial Européia, o planeta, denominado HD 189733b, é um lugar inesperado para se encontrar vestígios de água. Pouco maior do que Júpiter, ele está a 4,5 milhões de quilômetros de sua estrela.
Nessas condições, calculam os astrônomos, a água só pode existir ali na forma de vapor - e, graças a uma temperatura atmosférica de 700º C (capaz de derreter prata), esse vapor nunca se condensa a ponto de formar nuvens de chuva.
Até hoje, a procura de vida extraterrestre era feita à nossa imagem e semelhança, sem abrir espaço para outras possibilidades. Apesar de inúmeros e variados, praticamente todos os organismos existentes na Terra são parecidos em nível molecular. Eles precisam de água em estado líquido para sobreviver e se baseiam no ADN para transportar toda a informação genética. É por conta dessas características que a pesquisa de vida extraterrestre orientada pela NASA coloca os planetas e luas com vestígios de água, como Marte e satélites de Júpiter e Saturno, como alvos primordiais de busca.
PARA OS CIENTISTAS ouvidos recentemente pelo National Research Council,a vida poderia surgir em mares de metano líquido, rios de amônia ou cavernas com nitrogênio sólido.