Em 15 de agosto de 1977, um radiotelescópio do Instituto SETI ("Busca por Inteligência Extraterrestre", na sigla em inglês), nos EUA, captou uma mensagem estranha. Foi um sinal de rádio que durou apenas 72 segundos, só que muito mais intenso que os ruídos comuns vindos do Cosmo. Ao analisar as impressões em papel feitas pelo aparelho, o cientista Jerry Ehman apanhou um susto . O sistema captou um sinal 30 vezes mais forte que o normal. Seria alguma civilização a tentar fazer contato? Ehman ficou tão impressionado que procurou os dados do computador e escreveu ao lado: "Wow!". O caso ficou conhecido como Wow sigla, e até hoje é o episódio mais marcante na busca por inteligência extraterrestre. O SETI e outras instituições tentaram detectar o sinal várias vezes depois, mas ele nunca mais foi encontrado.
Mesmo assim, hoje muitos cientistas acreditam que o contato com extraterrestres é mera questão de tempo. "Numa escala de 1 (pouco provável) a 10 (muito provável), eu diria que a nossa oportunidade de fazer contato com ET´s em meados deste século é 8", acredita o físico Michio Kaku, da City College de Nova York. Esse otimismo tem justificativa. "Pelo menos 25% das estrelas têm planetas. E, dessas estrelas, pelo menos a metade tem planetas semelhantes à Terra", explica o físico Marcelo Gleiser. Isso significa que, na nossa galáxia, podem existir até 10 bilhões de planetas parecidos com o nosso. Uma quantidade imensa. Ou seja: pela lei das probabilidades, é muito possível que haja civilizações alienígenas. O satélite Kepler, da NASA, já catalogou 2 740 planetas parecidos com a Terra, onde água líquida e vida talvez possam existir. Um dos mais "próximos" é o Kepler 42d, a 126 anos-luz do Sol (um ano-luz equivale a 9,5 trilhões de quilômetros).
Será isto verdade?